Apesar de pouco estudada, ou citada pelos meios de
comunicação e/ou estudos acadêmicos até os anos 2000, a musica piauiense já
era atuante desde algum tempo antes, na década de 60, a
partir da figura icônica de Torquato Neto, letrista e poeta de vida e carreira
meteóricas.
Torquato não produziu um conteúdo substancial de obras
que fossem voltadas diretamente para o estado ou mais especificamente no estado,
mas certamente deixou a sua marca em composições bastante conhecidas, sendo que
algumas a maioria das pessoas nem sabe que são de composição dele, como Geléia
Geral e Louvação, de Gilberto Gil, Deus Vos Salve a Casa Santa, Ai de Mim,
Copacabana, Mamãe, Coragem, de Caetano Veloso, Lua Nova e Pra Dizer Adeus, de Edu
Lobo, dentre outras. Torquato teve ainda influências no cinema, literatura e
teatro.
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Geraldo Brito |
Geraldo Brito, músico piauiense que acompanhou a formação
das primeiras gerações da música produzida aqui, afirma categoricamente que as
pessoas da época mal tinham consciência do que estava sendo produzido aqui
naquela época.
“[...]ninguém tem. Eu acho que agora, a partir da década
de 2000, houve essa procura, está se formando mais essa coisa do apanhado
histórico. A faculdade resgatando, os alunos indo atrás. Eu acho que a partir
dessa década de 2000 a gente pode retomar isso.[...] Eu acho que essa minha
geração nem se preocupou com isso, bateu essa coisa de fazer tudo autoral,
fazer composições próprias”, afirma Brito.
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Maria da Inglaterra |
Caminhando para os anos 80, podemos destacar o trabalho
árduo a partir dos poucos espaços de cultura existentes no estado (Ginásio
Verdão e Teatro 4 de Setembro), que deram vazão ao trabalho de artistas como o
próprio Geraldo Brito, Cruz Neto, Maria da Inglaterra, Laurenice França, Grupo
Varanda, Rubeni Miranda, André Luiz e Júlio Medeiros, Rosinha Amorim, dentre outros.
Grande parte desses mesmos artistas também produziram
seus próprios shows no teatro durante esse período. Além dos artistas
piauienses já citados, podemos destacar outros nomes como Edvaldo Nascimento,
Lena Rios e Lázaro do Piauí fazendo shows no teatro.
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Edvaldo Nascimento |
Como nomes surgidos a partir da década de 80, valem ser
ressaltados também Edvaldo Nascimento, um dos sobreviventes ainda na ativa, Durvalino
Couto e Ronaldo Bringel, que juntamente
com outros músicos, gravaram coletâneas que remontavam aos festivais que
aconteciam em Teresina à época, mas nada com grande notoriedade no que diz
respeito aos cenários regional e nacional.
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Coletânea "Geléia Gerou" |
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Coletânea Cantares |
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Capas dos LP's independentes do Megahertz e Avalon |
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