sexta-feira, 30 de maio de 2014

De A à Z: Scud

Formação atual SCUD
Considerada uma das sobreviventes da década de 90 no estado, a Banda SCUD se mantém viva e pulsante no cenário musical local e nacional. A banda é oriunda de Parnaíba, norte do estado.

O som pesado promovido pela SCUD veio quebrar as barreiras da cultura regional e definir um estilo que passava despercebido, mas que envolvia jovens por todo Brasil e permeava grandes bandas nacionais e internacionais.

Segundo Marcelo Alelaf, único integrante da banda da formação inicial, O SCUD começou seus trabalhos coincidindo com a Primeira Guerra no Golfo, o que pode ter influenciado no nome da banda. “ Pesquisamos um nome bacana, e vimos que SCUD foi o nome dado também ao míssil de longo alcance desenvolvido pela antiga União Soviética”, comenta.

Em tempos que as bandas ainda divulgavam seus trabalhos em fitas cassete, as famosas demo-tapes, o SCUD lança sua primeira gravação em 91 com o título de LAMPIÃO, que percorreu com grande repercussão em todo o norte/nordeste, e foi também comentada nos meios de divulgação no eixo sul/sudeste do Brasil.

Na virada do século XX, em 2003, eles lançaram o Cd-demo SHUT EYES, com apenas uma música, mas que mostra toda a energia  presente no SCUD. Em pouco tempo a música Shut Eyes seria escolhida para fazer parte do DVD – PIAUÍ POP 2005, o maior evento de música do Piauí, onde foi unânime o comentário sobre a performance coesa e arrebatadora da banda.

Nesse meio tempo a SCUD participou da Seletiva do Wacken Open Air 2007 na cidade de Salvador/BA, e também de várias edições do Teresina é Pop (2003/2004/2005/2006/2007/2008) e do Piauí Pop (2005/2006/2007), onde em uma de suas edições tocou no palco principal do evento.
Um dos prêmios mais importantes da banda foi recebido em 2007, quando foram agraciados pelo troféu “Sol Cultura 2006” na categoria Rock.

A SCUD é atualmente composta por:
Fabio Nasc (bateria)
Leandro Magu (baixo)
Marcelo Alelaf (guitarra/vocal)

A SCUD tem gravado um Cd oficial, intitulado Clouds Taken By The Wind (2006), além de três outros EP, sendo o último deles gravado em 2010, intitulado unnoficial #19.

Fiquem com uma música do EP mais recente, "Face to face":

Para mais informações a música, acessem os links: http://palcomp3.com/scud/ ou http://scudband.com/

quinta-feira, 22 de maio de 2014

De A à Z: Audioteipe

Hoje vamos dar início às atividades da coluna “De A à Z”, a qual terá o objetivo de divulgar as bandas que estão atualmente em atividade no cenário da música piauiense, e também homenagear as bandas que já fizeram muitos shows e tem sucessos ainda hoje vivos na memória de seus fãs.

Pois bem: o pontapé será dado pela banda AUDIOTEIPE.

Surgida em Teresina, no final do ano de 2007, a banda vem levantando a bandeira da promoção da música autoral, e os temas mais abordados pela banda são os de cunho existencial.
Os integrantes classificam o seu som como “primitivo”, beirando ao vintage, mesclando (sub)gêneros musicais, tendo como "pano-de-fundo" o rock.
A AUDIOTAPE é formada por:
Cleyson Gomes (vocal, guitarra);
Cássio Duarte (guitarra, voz);
Moisés Rêgo (bateria, voz);
Luiz Duailibe (teclado, voz), e
Thiago Lennon (baixo, voz).
Depois das experiências vividas em palcos ("Teresina Capital do Rock", "Espaço Cultural Raízes", "Bar do Churú", "Spazio", "Fest Rock Dirceu", "Festival Rock Fora da Panela", "Projeto Boca da Noite: espaço 'Osório Jr.'" etc.); do contato com o público, o grupo sente a necessidade de autenticar, sedimentar, tornar sólido - num sentido profissional - o trabalho realizado pela banda, lançando no ano de 2009 a demo Esboço para uma teoria da DEMOnstração.
Nos anos de 2010/2011 não foi diferente, a banda continuou realizando apresentações, mas agora fora da cidade (Festival de Inverno de Pedro II: Espaço cultural "Amor & Revolução") e até mesmo do estado (Festival "Caça-bandas" - UK Brasil PUB: Brasília-DF).



Mais tarde realizou apresentações em importantes eventos musicais, como:"Artes de Março 2014", "Festival de Música Piauiense Chapada do Corisco - Chapadão 2013", dentre outros, além de espaços alternativos e festivais de bandas autorais, como:"Teresina Capital do Rock", "Espaço Cultural Raízes", "Bar do Churú", "Spazio", "Fest Rock Dirceu", "Festival Rock Fora da Panela".
Atualmente eles tem lançadas as demos Esboço para uma teoria da DEMOnstração e Ensaio, nos anos de 2009 e 2013. E  em 2014, o grupo apresenta ao público seu 1º LP Adereços para(m) o silêncio.

Pra conhecer mais do som dos meninos, basta dar uma passada no blog deles, o www.audioteipe.blogspot.com.br, ou acompanhar eles pela fanpage no facebook, além do soundcloud deles, https://soundcloud.com/audioteipe.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Boca da Noite divulga selecionados para a temporada 2014

O Projeto boca da noite, uma das principais janelas para os talentos musicais do Piauí, realizou a seleção das bandas que irão participar no circuito ao longo de todo o ano de 2014. Ao todo foram recebidas cerca de 70 propostas, que foram avaliadas por uma comissão formada por representantes da Fundac (Fundação de Cultura do Piauí), Ordem dos Músicos, Conselho Estadual de Cultura e do Theatro 4 de Setembro.

 Atuante no circuito cultural do estado desde agosto de 1997, os shows do projeto acontecem todas as quartas-feiras no espaço Cultural Ozório Júnior, localizado no Clube dos diários, centro de Teresina. O projeto Boca da Noite este ano inicia no dia 21 deste mês e segue até o dia 17 de dezembro.

Uma das novidades no Projeto para este ano foi o incremento no cachê para as bandas que tenham em seu repertório pelo menos 60% de composições feitas por músicos piauienses, além de facilitar para inscrições de grupos oriundos do interior do estado.

Liana Santanna, diretora de ação cultural da Fundac, disse que das bandas inscritas, pelo menos 33 obtiveram uma maior pontuação, como estava previsto no edital do projeto, e que a seleção ainda pode ser contestada por aqueles que não foram aprovados. “Para aqueles que quiserem recorrer, devem procurar a comissão organizadora até as 12h de segunda-feira (12/05). No requerimento do recurso, cada questionamento deverá ser indicado individualmente, por área de conhecimento e fundamento lógico e consistente”, frisou a diretora, alertando ainda que os recursos deverão ser apresentados em duas vias e deverão seguir o modelo divulgado no site da Fundação e no Diário Oficial.

Confira as bandas e músicos selecionados:
ALCAÇUZ
ALZIMAR ALVARENGA
ANDRÉ DE SOUSA E MOJO BAND
ASSIS BEZERRA
AUDIOTEIPE
BADU DEXAVAR E ACENDA
BANDA ESTAÇÃO GANDAIA
BANDA KGB
BANDA LOCOMOTRIZ
BATUQUE ELÉTRICO
BIA E OS BECKS
BUGIGANGA
CHAGAS VALE
CONJUNTO ROCK MOREIRA
FRANK FARIAS E BANDA
FULLREGGAE
GARIBALDI PIANO SOLO
LAIZ MARA BAND
LUCAS E RÔMULO
MOISÉS CHAVES
MONISE BORGES
NARGUILÊ HIDROMECÂNICO
RAVEL RODRIGUES
RORAIMA E TERÊGROOVE
RUBENS DE FIGUEIREDO
SANDRO MOURA
SEVERINO SANTOS
SILMARA E ALCIDES VALERIANO
TAIGUARA BRUNO
TAIRO SILVA E FORRÓ ARRIBITA CABRITA
VEIA SÔNICA
V-ROAD
YURI RAFAEL

Algumas delas você confere aqui, no nosso gosto na berlinda! Vamos tentar realizar a postagem sobre cada uma no dia da apresentação no Boca da Noite! :)

segunda-feira, 12 de maio de 2014

A música piauiense antes da divulgação na internet – Anos 60, 70 e 80


Apesar de pouco estudada, ou citada pelos meios de comunicação e/ou estudos acadêmicos até os anos 2000, a musica piauiense já era atuante desde algum tempo antes, na década de 60, a partir da figura icônica de Torquato Neto, letrista e poeta de vida e carreira meteóricas.
Torquato não produziu um conteúdo substancial de obras que fossem voltadas diretamente para o estado ou mais especificamente no estado, mas certamente deixou a sua marca em composições bastante conhecidas, sendo que algumas a maioria das pessoas nem sabe que são de composição dele, como Geléia Geral e Louvação, de Gilberto Gil, Deus Vos Salve a Casa Santa, Ai de Mim, Copacabana, Mamãe, Coragem, de Caetano Veloso, Lua Nova e Pra Dizer Adeus, de Edu Lobo, dentre outras. Torquato teve ainda influências no cinema, literatura e teatro.
Geraldo Brito
Geraldo Brito, músico piauiense que acompanhou a formação das primeiras gerações da música produzida aqui, afirma categoricamente que as pessoas da época mal tinham consciência do que estava sendo produzido aqui naquela época.
“[...]ninguém tem. Eu acho que agora, a partir da década de 2000, houve essa procura, está se formando mais essa coisa do apanhado histórico. A faculdade resgatando, os alunos indo atrás. Eu acho que a partir dessa década de 2000 a gente pode retomar isso.[...] Eu acho que essa minha geração nem se preocupou com isso, bateu essa coisa de fazer tudo autoral, fazer composições próprias”, afirma Brito.
Maria da Inglaterra
Caminhando para os anos 80, podemos destacar o trabalho árduo a partir dos poucos espaços de cultura existentes no estado (Ginásio Verdão e Teatro 4 de Setembro), que deram vazão ao trabalho de artistas como o próprio Geraldo Brito, Cruz Neto, Maria da Inglaterra, Laurenice França, Grupo Varanda, Rubeni Miranda, André Luiz e Júlio Medeiros, Rosinha Amorim, dentre outros.
Grande parte desses mesmos artistas também produziram seus próprios shows no teatro durante esse período. Além dos artistas piauienses já citados, podemos destacar outros nomes como Edvaldo Nascimento, Lena Rios e Lázaro do Piauí fazendo shows no teatro.
Edvaldo Nascimento
Como nomes surgidos a partir da década de 80, valem ser ressaltados também Edvaldo Nascimento, um dos sobreviventes ainda na ativa, Durvalino Couto e Ronaldo Bringel, que juntamente com outros músicos, gravaram coletâneas que remontavam aos festivais que aconteciam em Teresina à época, mas nada com grande notoriedade no que diz respeito aos cenários regional e nacional.

Coletânea "Geléia Gerou"
A partir da segunda metade da década de 80, surgem diversos grupos, formados em sua maioria por jovens entre dezenove e vinte e cinco anos, influenciados diretamente pelo “Rock Nacional”. Uma nova geração de compositores e músicos começa a ocupar na capital piauiense os espaços da música popular e a delimitar outra forma de produção musical cuja demanda de público já se fazia presente na cidade, inclusive em locais de tradição social mais conservadora como, por exemplo, os colégios de orientação católica, mas ainda sem grande projeção.
Coletânea Cantares
Na contramão disso, surgiram bandas de rock que tiveram coragem de desatar os nós do incentivo público e gravaram inclusive LPS independentes, como é o caso das bandas Avalon e Megahertz. Junto com elas surgiu um esboço do que se tornaria o movimento rock teresinense a partir dos encontros que aconteciam na Praça Pedro II,e que se tornaram mais pujantes quando do surgimento do Projeto Boca da Noite, na metade dos anos 90, no espaço Ozório Júnior, Clube dos diários.
Capas dos LP's independentes do Megahertz e Avalon
O que podemos auferir, desde esses primeiros passos da música piauiense, é sempre o marasmo e a falta de incentivo dos gestores, que sempre impuseram regras e condições que nem sempre agradavam ambos os lados. E assim continua até hoje, de um jeito ou de outro.

Para conhecer mais, seguem links interessantes:

terça-feira, 6 de maio de 2014

"Toda caminhada começa com o primeiro passo..."

Olá, galerinha!

Hoje iniciamos uma grande jornada, que começa com esse blog e termina (em partes) na realização de um sonho. O Nosso Gosto na Berlinda é um Trabalho de Conclusão de Curso de minha autoria, e por meio do qual eu conseguirei a minha graduação em Bacharelado em Comunicação Social pela UFPI, e a minha segunda graduação neste “campeonato internacional de seres humanos”! (sim, eu já sou formada em Licenciatura Plena em História, na UESPI...sim, eu já sou uma idosa... :(  ).

O Nosso Gosto na Berlinda será executado por mim, sob orientação do Profº Dr. Achylles Costa, a quem desde já eu agradeço por comprar esta ideia, e dar todo o suporte.
Com este novo empreendimento no mundo das letras voltadas para o ciberespaço, quero proporcionar pra mim e pra você, leitor(a), ao menos um passeio bastante prazeroso pelas nuances, cores e sensações provocadas pela música.

Mas não é de qualquer música que nos proporemos a falar ao longo desses três meses...Vamos abordar a música genuinamente piauiense, ou feita por artistas piauienses, que lutaram e/ ou lutam diariamente para conseguir seu espaço, e que na maioria das vezes não tem o seu auge a partir da gravação de um CD ou DVD, por exemplo, e cuja luta passa essencialmente pelo reconhecimento do esforço em prol da arte.

Para contar toda(s) essa(s) história(s), vamos nos utilizar dos recursos midiáticos estudados ao longo desses (seis longos!) anos do curso de Jornalismo...

Cês tão curiosos pra saber o porque deste nome para o blog? Calma, calma...

Me acompanhem, vai ser legal!
Até a próxima!