sexta-feira, 1 de agosto de 2014

De A à Z: Narguilé Hidromecânico

Movidos por referências diferenciadas, e fazendo um som vibrante e surpreendente, a banda Narguilé Hidromecânico está na estrada desde 1997. Eles tem como inspiração principalmente o rock o punk mesclado com itens regionais, que arrancam risadas e pedidos de “mais um!” em todos os lugares onde passam.

A atual formação do Narguilé é composta por:
Fábio Crazy - Vocal
Júnior B. - Baixo e vocal
Sandro Saldanha - Bateria e vocal
André de Sousa -  Guitarra e vocal

Eles já se apresentaram nos maiores festivais de música a nível regional e nacional, dentre eles o Festival Internacional da Música de São Luís (MA), festival RecBeat (PE), Itaú Cultural Música (SP), Festival Música para Reciclar-Pirituba (SP), THE Music, Feira Piauí-Sampa (SP), Teresina é Pop, Piauí Pop, Feira do Empreendedor (PI), Festival de Inverno de Pedro II (PI). 
O Narguilé possui quatro discos gravados: o Narguilé Hidromecânico, de 1998, o Poeirão (2000), o Com gosto de gás (2002) e o Ainda vivo! (de 2011), depois de um hiato da banda por um período de 5 anos. Atualmente a banda está ativa, não com o mesmo furor do inicia, mas continua espalhando por aí toda a sua musicalidade nas festas e festivais do cenário de Teresina e do nordeste.

Sou completamente suspeita pra falar da banda, e por isso mesmo lhes adianto que foi difícil escolher uma música pra fechar a postagem...mas aí vai: JUMENTO BOM!



Segue a discografia dos caras pra baixar, sendo que o último CD você ainda encontra em algumas lojas para venda: http://narguilehidromecanico.blogspot.com.br/2011/09/discografia-narguile-hidromecanico.html

quarta-feira, 30 de julho de 2014

O mal crônico dos covers em Teresina

Nossa cidade tem e teve uma cena musical bastante rica, que varia do baião às batucadas nervosas, passando por nuances de pop e rock, e até eletrônico. Entretanto, se pensarmos friamente e realizarmos um levantamento de todas as bandas atualmente em atividade, boa parte delas são covers. E ainda: aproximadamente 75% é rock.
Nada contra o rock – aliás, muito pelo contrário...tudo a favor! (quem me conhece sabe...)– mas porque tantos covers? Posso lhes apontar pelo menos três motivos que levam a essa carência do autoral no nosso estado, e pelo menos um deles é uma tecla já bastante batida aqui no nosso blog: a falta de incentivo governamental.
Mas... “à Cesar o que é de Cesar”. A culpa é também, grande parte, do público consumidor da música piauiense – ou da ausência dele. Ainda tem-se relativa rejeição à festas nas quais não tenha nenhuma banda “mais conhecida”, ou que faça algum som “mais massivo”, no sentido de penetração frente ao grande público.
E com isso eu posso, sem medo de errar incluir todos os segmentos, desde o bom e velho bate-coxa do forró até o empurra-empurra frenético das rodas punk.
No alto de meu ser leigo tô esquecendo de atribuir também parte da culpa também na terceira ponta deste tripé, que são as próprias bandas, que tem vontade de crescer, mas esbarram em outras questões (principalmente ligadas ao financeiro) que acabam impedindo qualquer salto mais ousado.
A internet facilitou, E MUITO, a conexão entre as pessoas e o compartilhamento de seus gostos, além da divulgação das bandas sendo elas autorais ou não. Mas nenhuma mudança é suficiente se não mudarmos O OLHAR:
Mudar o olhar do músico, de sempre buscar renovar-se e criar algum som mais identificável com o público local – e com isso eu não quero dizer que levanto a bandeira do triângulo e da zabumba – com temas e letras menos de nicho e mais fluidas, com mais frescor.
Mudar o olhar das instâncias governamentais, de perceber que cultura é um traço importantíssimo para que seja fortalecida a identificação com a sua terra, para além de ser um elemento unificador e acima de tudo, universalizante.

E mudar o olhar do público, para que sintamos e nos apropriemos do que foi, é e será produzido no nosso quintal. E ao mesmo tempo em que admirarmos um artista nacional e/ou internacional, tenhamos também uma referencia local para a boa música. E que nada disso passe com ares de obrigatoriedade, e sim pelo simples olhar...e se permitir.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Por que "Nosso Gosto Na Berlinda"?



O nome do nosso blog é uma homenagem ao programa Seu Gosto Na Berlinda, um dos grandes sucessos do radialismo piauiense. Sob o slogan O seu roteiro musical feito pelo ouvinte, o radialista Roque Moreira (1935-1994) promoveu na Rádio Pioneira de Teresina (AM- 1150 kHz) um programa de enorme audiência, que atravessou quase três décadas servindo como entretenimento musical, agenda cultural, anunciando as principais festas, e especialmente meio de comunicação, transmitindo recados enviados pelos ouvintes uns aos outros.
O inigualável Roque Moreira

Natural de Camocim, Ceará, Roque Moreira chegou a Teresina em 1964 e cinco anos depois estaria à frente do programa que o tornou famoso e querido nos estados do Piauí, Maranhão, Ceará e Pará, conhecido como um dos primeiros DJ’s do país.
Brasileiro até o último fio de cabelo, Roque Moreira não admitia músicas internacionais no programa – afinal, ele não sabia falar inglês :) - e acabou colaborando para o sucesso de ícones da música popular e brega como Luiz Gonzaga, Bartô Galeno, Lindomar Castilho, Núbia Lafaiete, Raimundo Soldado, Gilliard, Genival Santos e Moacyr Franco. Transmitido no seu auge em dois horários (7h-6h e 15h-16h), entre 1969 e 1990, Seu Gosto na Berlinda e Roque Moreira eram imbatíveis.
A popularização das rádios FM, contudo, foi minando aos poucos a pujança do programa, que sobrevivia pelos serviços de utilidade pública, pela participação do ouvinte nos pedidos de músicas e troca de recados, mas, sobretudo, pelo carisma de seu apresentador.
O fim dessa bem-sucedida trajetória viria de forma trágica, com a morte de Roque Moreira em 17 de dezembro de 1994, vítima de ataque cardíaco. Houveram ainda algumas tentativas de continuar o programa sem o Roque, mas foram infrutíferas. Assim, Seu Gosto Na Berlinda e Roque Moreira disseram adeus, mas deixaram centenas de fãs saudosos e um legado histórico no radialismo e na popularização musical, que ora homenageamos no nosso humilde blog. 


Vale também visitar:

sexta-feira, 25 de julho de 2014

De A à Z: Vavá Ribeiro




Oeirense de nascimento, e cidadão do mundo por natureza, Vavá Ribeiro tem uma trajetória longa e firme no propósito de levar a sua música para o grande público. 
Após ter passado parte da adolescência para Juazeiro – BA, em 1994 retornou a Teresina e começou a sua saga pelos barzinhos da cidade.
Nos anos de 1996 e 1997, foi finalista do “festival canta nordeste”, promovido pela Rede Globo de Televisão. Sua inspiração é, além do público sempre fiel que o acompanha, os grandes astros da MPB, sua grande paixão. Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé, Vander Lee, Torquato Neto, dentre outros, são fontes de inspiração constantes para o seu trabalho.
Vavá tem três discos autorais gravados: Calmaria, que foi fruto do incentivo dado pela lei A. Tito Filho, Do seu lado, de 2007, e o Rota dos Reis, de 2010. Ele tem ainda um cd com regravações intitulado Pelos Bares da Vida, de 2001. Ele participou também do DVD Canta Piauí, de 2009, juntamente com outros artistas da terra.

Fiquem agora com ele cantando uma de suas músicas mais conhecidas, "Calmaria":


Banda teresinense participa de concurso nacional de rock

A banda Doce de Sal, formada na zona sudeste de Teresina por Lucas Martins (bateria), Francis Monteiro (baixo) e Valciãn Sunboy (guitarra/vocal), está participando do Breakout Brasil, concurso desenvolvido pela Sony Music com o objetivo de dar visibilidade nacional aos grupos de rock em ascensão.

O torneio musical acontece em duas etapas, a primeira consiste em votação online de todas as bandas inscritas para o concurso, das quais será formado o TOP 50, com as 50 bandas mais populares em avaliação geral. No dia 04 de agosto essas bandas serão novamente avaliadas pelo público e jurados do campeonato musical, onde apenas dez irão concorrer na segunda fase. Já nesta etapa, as 10 bandas participarão do Breakout Brasil no Canal Sony, onde os grupos terão exposição nacional além da oportunidade de trabalhar com os mais renomados nomes do cenário musical brasileiro.

Para votar no grupo teresinense é simples. Basta acessar o link da banda no site do Breakout Brasil, fazer login com o Facebook ou qualquer outra conta ou rede social, procurar por Doce de Sal, escutar a música que a banda cadastrou no site para o concurso e avaliar com cinco estrelas, garantindo seu voto.

Promoção

Quem está dando uma super força para esse grupo de rock teresinense é a loja online Master Art (Camisas Personalizadas) através do sorteio de uma peça para quem votar na banda e curtir a fanpage da loja no Facebook. O vencedor da promoção receberá uma camisa personalizada com a estampa que escolher.

Doce de Sal

A banda Doce de Sal, que integra o coletivo de arte e cultura Geração TrisTherezina, está em fase de gravação do seu primeiro disco, no qual homenageia Teresina em todas as faixas. Duas músicas desse trabalho já podem ser conferidas no soundcloud da banda. Link a seguir: https://soundcloud.com/doce-de-sal. Para acompanhar a banda, basta procurar por Doce de Sal no Facebook.

Fortaleça a cena musical da nossa cidade.
Confira a música do Doce de Sal que está concorrendo: https://soundcloud.com/doce-de-sal/minha-casa-minha-vidamp3

quarta-feira, 23 de julho de 2014

De A à Z: Conjunto Roque Moreira



De todas as bandas que tiveram uma maior notoriedade no cenário musical piauiense, sem dúvidas o Conjunto Roque Moreira foi uma das que mais divulgou a cultura nordestina através de suas músicas (além da validuaté - http://validuate.blogspot.com.br/ , que são praticamente da mesma época).
O grupo, surgido em 2001, surgiu com a proposta de misturar ritmos regionais como Xote, Baião, Samba, Ciranda e Bumba Meu Boi com Rock, Reggae, Salsa e Funk, com muita irreverência e energia, unindo culturas através da música.
Unidos por esse projeto ousado, Daniel Hulk (Vocal, violão, gaita e flautas), Raimundo Gutemberg “bai bai” (Contrabaixo e voz), Arnaldo Oliveira (Percussão e voz) e Anderson Almeida (Percussão e voz), viajaram pelas ondas do rádio e chegaram onde poucas bandas piauienses conseguiram: se apresentar internacionalmente, fazendo duas turnês, uma no Canadá e outra na Finlândia.
A banda só teve um cd oficial lançado, o Sintonia da mata, de 2004, que você pode baixar CLICANDO AQUI - http://www.4shared.com/file/20630403/1c26e5a3/Conjunto_Roque_Moreira-Sintonia_da_Mata.html . Mas participou de uma coletânea que saiu em DVD no ano de 2008, intitulada “Projeto Cumbuca Cultural”, que foi gravada no ano anterior, e reunia outras bandas como Validuaté, Captamata, Batuque elétrico e Megahertz.
O Conjunto Roque Moreira tinha esse nome, obviamente, por conta do radialista piauiense homônimo. Inclusive o mesmo Roque Moreira ao qual homenageamos dando o nome deste blog, e mais adiante em outra postagem você saberá um pouco mais sobre esse importante comunicador do estado.
Além de Roque Moreira, a banda fez homenagens a ícones da música piauiense, como Narguilé Hidromecânico e o inoxidável e saudoso Raimundo Soldado - https://soundcloud.com/raimundosoldado/conjunto-roque-moreira .
A banda se desfez no meio do ano passado, por motivos não explicados.
Pra matar a saudade (ou pra conhecer) um pouco da banda, fiquem com um dos grandes sucessos da banda, "Sentinela". 

terça-feira, 22 de julho de 2014

De A à Z: Teófilo Lima


O regional e o universal se fundem quando se trata do talento de Teófilo Lima. Nascido em Parnaíba e tendo alçado voos em nível regional, o cantor já tem mais de 15 anos de estrada e 2 cds lançados - (Com.Fusão), em 2003 e Matulão, em 2004. 

Teófilo é o primeiro artista da que se destacou na “safra” que surgiu no início dos anos 2000, que revelou também Roque Moreira, FullReggae e Validuaté, que juntamente com o parnaibano são os grupos mais destacados no estado até hoje – mesmo o Roque Moreira tendo se desfeito ano passado.
Teófilo começou sua carreira nos anos 90, quando tocou em outras bandas, sem grande expressividade. Foi a partir de 1999, quando ele veio para Teresina, que sua carreira deu uma guinada. Ele fez parte, com Rubens de Figueiredo, da banda “Mãezoca News”.
Após algumas apresentações em Teresina, a banda se dissolve e Teófilo começa a gravar um CD com músicas próprias. Um estilo bem particular de um artista que mistura o rock, o reggae e o forró, marca suas composições que podem ser conferidas no CD com fusão, seu primeiro trabalho solo.
Em 2005, gravou seu segundo álbum, Matulão, lançado em Teresina no Teatro 4 de Setembro, e em São Paulo na Fnac Paulista. Em 2005 e 2006, participou da feira Piauí Sampa promovida pelo Sebrae em São Paulo, se apresentando no BlenBlen.
Ainda em 2005 integrou juntamente com o cantor Roraima e a banda

Narguilé Hidromecânico o projeto “Sol Música”, realizando shows em Teresina, São Paulo, Rio de Janeiro e Niterói. Em 2007 gravou seu primeiro videoclipe, da música “Jararacas”. Suas músicas já viajaram os quatros cantos do país como trilhas de programas televisivos, como Globo Ecologia (Cabeça de Cuia), Esporte Espetacular (Pedra do Sal e Cabeça de Cuia), Repórter Record (Uma Menina, Pedra do Sal e Cabeça de Cuia) e em uma entrevista ao programa Rolé, da Sport Tv, executando Pedra do Sal.
Atualmente Teófilo ainda faz shows em Teresina, Parnaíba e nas cidades do interior do estado, agora em menor escala, mas não lançou nada ultimamente.

Fiquem com uma música do CD Matulão, “A Volta do Zorro”: